"Costumamos coletar uma quantidade pequena, que sabemos que não vai fazer falta na natureza"Priscila Oliveira, diretora de Fitologia do Jardim Botânico de BrasíliaO trabalho para manter o catálogo começa com a coleta de frutos, principalmente dentro da Estação Ecológica Jardim Botânico de Brasília, que tem 4,5 mil hectares destinados à conservação do Cerrado. A quantidade da amostra é avaliada pelos servidores. “Costumamos coletar uma quantidade pequena, que sabemos que não vai fazer falta na natureza”, destaca a diretora de Fitologia. O objetivo do banco em Brasília é manter o material nativo do bioma e ainda mostrar o que a estação abriga. Priscila conta que a decisão de focar em espécies daqui foi com base no estudo de índices de jardins de outras partes do País, que já abrigam espécies exóticas, por exemplo, e distintas. “A gente vê que tem umas espécies difíceis de coletar e armazenar. Então, as procuramos.” As trocas de sementes podem ser nacionais ou internacionais. Se for o segundo caso, é preciso que haja autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Depois da coleta, que ocorre em época seca, os frutos passam por triagem e ficam em observação até que abram naturalmente e soltem as sementes. Isso para que elas sejam retiradas quando forem viáveis para germinação. O material, então, é limpo, de maneira que só as sementes sejam guardadas em vidros ou sacos de papel, na câmara fria. Toda amostra recebe uma etiqueta com dados resumidos como a designação científica, o nome comum e um código de inscrição. “Esse número é muito importante para a gente, pois é a identificação no banco de dados”, detalha a servidora do Jardim Botânico de Brasília. Já no sistema, ainda há o detalhamento da localização geográfica da matriz onde os frutos foram colhidos.
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